
Bruno Guedes é um dos destaques de Malhação - Pro dia nascer feliz, atual temporada de novela teen da TV Globo, interpretando o personagem Lucas, um dos gatos da turma e que faz o maior sucesso com as meninas da trama.
Aos 22 anos e namorando a youtuber Jade Seba, que também é atriz, ele garante ser caseiro, mas já nota mudanças ao circular pelas ruas. "Passo muito tempo estudando, vendo TV... Depois de Malhação, vi que há pessoas que começam a me olhar pelo Rio de Janeiro e me reconhecer. É difícil se acostumar, mas estou começando a entender esse olhar diferente", diz.
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Sem parentes no meio artístico, Bruno afirma que começou a fazer teatro ainda na infância para perder a timidez . Ele enfrentou certo estranhamento da família ao decidir seguir a carreira de ator quando tinha 16 anos, inclusive do avô, Valdir, de quem lembra com muito carinho: "Gosto de viver um dia de cada vez, aprendi isso com o meu avô. Quero viver o presente. O que eu mais queria era que meu avô tivesse visto onde eu cheguei sozinho".
QUEM: Quando decidiu seguir a carreira artística?
BRUNO GUEDES: Tenho 22 anos e a minha primeira experiência no teatro e foi aos 6, 7 anos. Era muito tímido e meu pai incentivou que entrasse no teatro. Ele não pensava nisso como um futuro profissional para mim, mas as aulas ajudaram a tirar a minha timidez do dia a dia.
QUEM: Quando decidiu seguir profissionalmente como ator teve apoio da família?
B.G.: Meus pais não são do meio artístico. Aos 16, decidi ser ator e meus pais não me apoiaram logo de cara. Rola um certo susto, uma preocupação... É natural. Era federado em natação e meu pai imaginava que eu fosse um cara mais ligado ao esporte. Era uma vontade minha ser ator e batalhei por ela.

QUEM: Como foi esta batalha?
B.G.: Virei modelo e a partir daí surgiram as primeiras oportunidades. Estudei [interpretação] em uma escola do Rio. Era um dedicação 100%. Estou há seis anos na carreira.
QUEM: A chance de atuar em Malhação surgiu como?
B.G.: Fiz dois testes para Malhação. Também havia sido testado na temporada passada. Depois deste teste em que não fui aprovado, me preparei muito mais para estar apto quando surgisse uma nova oportunidade. Quando trabalhamos nesta área, sabemos que ouvir um “não” faz parte.
QUEM: Quando soube da aprovação para a atual temporada?
B.G.: Quando fiz o teste, mantive os pés no chão. Fui cauteloso com a espera do resultado. Aliás, não recebi a notícia de que tinha passado. Ninguém me ligou. Fui chamado para um encontro na Globo. Neste encontro, todo elenco estava presente, sem saber que seríamos anunciados como o elenco da temporada. Fui um dos primeiros a chegar. Vi que as pessoas iam chegando, chegando... Pensei que teria um teste surpresa. Nisso, chegaram os diretores e o [autor Emanuel] Jacobina. Pensei: “F****”.
QUEM: De que forma sua vida mudou após entrar em Malhação?
B.G.: Minha vida teve que mudar 100% por causa de Malhação. Fazia faculdade de publicidade e tranquei o curso. Não consigo estar presente em dois lugares ao mesmo tempo. A galera até brinca comigo porque sou o primeiro a chegar e o último a sair. Malhação é como um estágio. Tudo o que puder aprender, eu quero estar presente. Quero saber o motivo do câmera usar determinada lente, falo com o cara da luz para saber como funciona... É gratificante estar cercado por bons profissionais.

QUEM: Imagino que o assédio também tenha mudado, não?
B.G.: Não sou um cara muito de sair na rua. Sou caseiro. Passo muito tempo estudando, vendo TV... Depois de Malhação, vi que há pessoas que começam a me olhar pelo Rio de Janeiro, me reconhecer. É difícil se acostumar, mas estou começando a entender esse olhar diferente.
QUEM: Você namora e as fãs passam algumas cantadas – nas redes sociais, é possível ver que algumas meninas suspiram por você. Como a Jade Seba encara esse assédio?
B.G.: A Jade já está acostumada e tem um grande público nas redes sociais. Ela também é atriz e entende. Ela soma a minha vida. O relacionamento é uma troca. Nossa parceria é 100%. Trocamos muitas experiências e ela me dá um olhar diferenciado ao que assiste do meu trabalho.

QUEM: Quando te perguntam como você se imagina daqui a dez anos, como gostaria de estar?
B.G.: Eu não quero largar a TV, nem o teatro. Eu me sinto vivo nos palcos. Quero construir uma carreira sólida e ganhar meu espaço aos poucos. Quero fazer cinema também. Mas vou falar um clichê: gosto de viver um dia de cada vez, aprendi isso com o meu avô, Valdir. Quero viver o presente. O que eu mais queria era que meu avô tivesse visto onde eu cheguei sozinho.
QUEM: Você se emocionou ao falar dele. Tinham um forte vínculo?
B.G.: Meu avô é como se fosse um pai para mim. Ele morreu aos 96 anos. De certa forma, ele não me apoiou como ator. Ele não me enxergava na profissão, mas senti a presença dele na época dos testes – como se fosse um apoio. Talvez por ser de outra época, ele imaginava que eu fosse dar certo seguindo uma profissão mais tradicional. Engenharia, por exemplo. Sempre fui um pouco do contra e rebelde. Não fazia o que falavam para eu fazer, sabe?
