Em seu primeiro papel como vilão, Mateus Solano tem um longo trabalho pela frente. Um dos protagonistas de Amor à Vida, de Walcyr Carrasco, que substitui Salve Jorge a partir de 20 de maio, o ator esteve na coletiva da novela, que aconteceu nesta terça-feira (30), no Rio de Janeiro.
Casado com Edith (Bárbara Paz), o personagem é movido pela ambição, além de ser invejoso e rancoroso. Homossexual não assumido, ele promete infernizar a vida da irmã, Paloma (Paolla Oliveira) e tantos outros personagens. "O Félix tem uma índole má. Ele foi muito mimado pela mãe e é um cara sem escrúpulos, mas cheio de humor. O público vai torcer contra ele, mas também vai se divertir."
Sobre a orientação sexual de Félix, Solano diz para os telespectadores terem calma, que nem tudo será entregue de bandeja. "Primeiro vamos deixar o público conhecê-lo. Só depois a novela vai abordar a questão da orientação sexual dele. Ele vai ter uma relação conturbada por causa disso", revelou. Paula Braun, mulher do ator, também está em Amor à Vida. "Espero que a gente contracene, mas por enquanto não tem nada previsto."
Ao ser questionado sobre a homofobia, hipocrisia na sociedade e as polêmicas declarações racistas e homofóbicas do pastor Marco Feliciano, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Solano foi contundente: "A hipocrisia com a homossexualidade é apenas uma dessas tantas hipocrisias inventadas na sociedade. E quanto ao Feliciano, nós o chamamos de Félix Ano", brincou.
Com o carisma conquistado por seus personagens, não é de se surpreender que Félix também seja bem recebido pelo público, como aconteceu com Carminha (Adriana Esteves) em Avenida Brasil. "Hoje é comum o público torcer pelo vilão. Acho que isso tem duas justificativas: a primeira, é que o vilão diz tudo aquilo que o povo oprimido gostaria de dizer. Mas a segunda vertente é que isso é preocupante. Hoje, os valores, de certa forma, estão distorcidos. Nem sempre se torce pelo mocinho", disse ele, completando que "dá o mesmo prazer fazer o vilão ou o mocinho."