
O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), voltou a falar sobre Paulo André e questionar a Bolsa Atleta depositada ao velocista durante a participação do esportista no BBB22. P.A., como também é conhecido, recebe 1,8 mil reais por mês por ter conquistado a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de 2019.
"Solicitei à Secretaria Especial do Esporte que fizesse um levantamento e não recebi ainda um diagnóstico. A Bolsa [Atleta] é liberada para um cronograma de trabalho. Então, dentro dessas premissas, uma das exigências é que o atleta dê sequência ao seu treinamento. E o caso específico traz um questionamento", afirmou Roma, segundo o UOL, durante o Congresso Olímpico Brasileiro, em Salvador, no último fim de semana.
De acordo com o edital do Bolsa Atleta, para inscrições em janeiro de 2021, um plano esportivo anual com o detalhamento do treinamento e metas para o ano "do recebimento do benefício" deveria ser enviado para aprovação. Os pagamentos do ano passado se estenderam até 2022 porque o governo atrasou a divulgação da lista de beneficiados.
"A estrutura não é... Digamos... É como se você fizesse um... é similar com um projeto de cultura, por exemplo. Você aprova um projeto e, no final, você tem que fazer uma prestação de contas. Durante esse mecanismo, a pessoa pode ter outras formas de desenvolver isso e ter outras entregas estruturadas", argumentou o ministro.
Em maio, João Roma disse à Veja que poderia cortar a Bolsa Atleta de Paulo André por causa de sua participação no reality. Na época, a equipe do atleta se pronunciou.
"Todos os benefícios do P.A. atualmente são referentes ao desempenho dele no ano de 2021. E ao sair do BBB, a carreira de atleta continuará. P.A. vai competir no segundo semestre de 2022", disse a publicação.