
Morreu, na noite dessa quinta-feira (27), o bailarino e coreógrafo brasileiro Rubens Barbot. Com uma trajetória inspiradora, Rubens estava no Hospital Municipal Souza Aguiar, mas a causa da morte não foi divulgada.
LEIA MAIS:
+ Morre o ator Rubens Caribé, aos 56 anos, em São Paulo
+ Morre bailarino de clipe 'Vai Malandra', aos 28 anos; Anitta lamenta nas redes
+ Morre Carlos Leça, ator, cantor, coreógrafo e diretor de teatro musical
Natural da cidade do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, Rubens se mudou para o Rio de Janeiro em 1989 e foi o fundador da Cia Rubens Barbot de Teatro e Dança, a primeira companhia de dança contemporânea negra do Brasil.
Acamado desde 2019, o bailarino que foi também é fundador de uma das principais bases da arte negra carioca, o Terreiro Contemporâneo, um centro cultural localizado no centro do Rio que abriga companhias de arte negras, reúne uma carreira artística internacional, que ao longo das últimas décadas, vem impactando gerações.
Rubens dedicou quase quarenta anos à pesquisa de movimentos dos corpos afro-brasileiros. Segundo a assessoria de imprensa, informações sobre o velório ainda não foram divulgadas.
O Sindicato dos Profissionais de Dança e o coletivo de dança Negraação lamentaram a morte de Rubens na web. "Hoje é um dia triste para a Dança Negra Contemporânea, o querido e inigualável Rubens Barbot fez sua passagem para o Orum! Rubens nasceu na cidade de Jaguarão e foi criado na cidade de Rio Grande. Revelou-se como artista em Porto Alegre e há mais de 40 anos vive na cidade do Rio de Janeiro, cidade que escolheu pra viver que lhe acolheu como filho. Em Porto Alegre iniciou seus estudos em dança com João Luiz Rolla, em 1967. Dois anos mais tarde recebeu um convite do bailarino Tony Abbott e foi para a Escola de Ballet contemporâneo de Buenos Aires onde fazia aulas e auxiliava na confecção de figurinos", começava o post.
"Em 20 de agosto de 1990, Rubens Barbot monta, com Gato Larsen seu parceiro de vida, a primeira companhia negra de dança contemporânea. A Cia Rubens Barbot -Teatro de Dança, sustentando sua linguagem em pesquisas permanentes que Barbot desenvolveu por muitos anos, centralizando seu trabalho numa análise profunda dos gestos, movimentos e imagens que se desprendem dos corpos afro-brasileiros. Uma companhia de dança contemporânea formada por bailarinas, atrizes, bailarinos e atores negros com a missão artística e política de fazer arte negra contemporânea. Voltado para a pesquisa do gesto, movimento e imagens, sua pesquisa extraia dos corpos afro-brasileiros, suas histórias corporais e suas raízes africanas compondo com esse material uma linguagem genuinamente afro-brasileira. 'Um gesto honesto!' sempre foi seu lema, assim como foi sua arte, suas criações e sua vida entre nós! Sua alegria honesta... sua verdade, honesta... sua arte, honesta! Até breve meu amigo e mestre! Ass. Luiz Monteiro", ainda dizia a publicação.




