
Nelson Freitas, 58 anos de idade, aceitou o desafio de participar do Super Dança dos Famosos, edição especial do popular quadro do Domingão do Faustão, e se apresenta neste domingo (6). Finalista da temporada de 2011, o ator foi vice-campeão da edição, vencida por Miguel Roncato, e afirma que era um certo "azarão" na competição.
Antes mesmo de receber o convite, Nelson já vinha mantendo uma rotina de cuidados com o físico -- sendo fotografado pedalando na orla carioca -- e percebe reflexos em seu condicionamento. "Apesar das dores generalizadas, afinal são dois ritmos por apresentação, com quatro horas de ensaios todos os dias, estou reagindo bem aos estímulos físico, mental e emocional."
Paralelamente, o ator se dedica ao cinema e rodou o curta I’m Sorry Honey, rodado em inglês, e que aborda o tema da violência doméstica, e se dedica às filmagens de Tração, em que contracena com o amigo de longa data Marcos Pasquim. A mil por hora, Nelson também investe em seu canal no YouTube e lançou o quadro 'Pessoas incríveis e extraordinárias'. "Converso com famosos e anônimos, que passaram por situações-limites e conseguiram com força e resiliência para dar a volta por cima. Já passaram por lá, os atores e meus amigos Felipe Camargo, André Ramiro e Raul Gazolla. Com essas histórias, quero motivar pessoas e mostrar exemplos de quem superou grandes dificuldades."
Casado com a pocuradora Maria Cristina Cordeiro desde 2001, Nelson pretende se mudar para a Austrália, onde mora parte da família. "Minha filha Gabriela já vive lá há 16 anos e todos os anos, a gente dá um jeito de ir para lá curtir o nosso neto, Felipe", afirma Nelson. Gabriela é filha de um relacionamento anterior de Maria Cristina, mas o ator a considera como filha, uma vez que convive com ela há 20 anos.
Apesar dos planos de deixar o Brasil, o ator não quer abandonar a carreira no país. "Quando tiver algum convite interessante por aqui, eu volto, sem deixar de aproveitar oportunidades por lá. O mundo está muito pequeno para não pensarmos grande, não é mesmo?"
Quem: Você está no Super Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão. Quando recebeu o convite, aceitou de cara ou de uma titubeada?
Nelson Freitas: Olha, foi uma decisão difícil porque a gente lembra de todo o sufoco que foi lá atrás, para chegar à final... E vou te contar: é pauleira!
Sua participação no Dança dos Famosos 2011 é lembrada até hoje. Passados dez anos, quais os maiores desafios?
Foi uma final eletrizante, em 2011, disputada ponto a ponto. Eu era um cavalo paraguaio quando começou o quandro e terminamos dando calor na dupla favorita, Miguel Roncato e Ana Flávia, que foram os campeões. Desta vez, a competição é mais desafiadora ainda, porque só estão os finalistas. Todos competentes e brilhantes, e é uma honra figurar entre esses talentos e amigos queridos.
Nota muita diferença no condicionamento físico? Falando nisso, você é um cara preocupado nos cuidados com o corpo?
Mesmo antes de receber o convite, já vinha mantendo uma condição física razoável. Com a pandemia, montamos uma rotina de exercícios diários, que, de certa forma, estão refletindo agora nessa primeira semana. Apesar das dores generalizadas, afinal são dois ritmos por apresentação, com quatro horas de ensaios todos os dias, estou reagindo bem aos estímulos físico, mental e emocional.

A pandemia alterou a rotina de todos. O que fez para manter a saúde física e mental em dia? Ou chegou a entrar em 'colapso' em algum momento?
Colapso eu não diria, mas que de vez em quando, a gente dá uma pirada... Como estamos, dentro do possível, mantendo o confinamento, eu e Cris temos lidado bem, tentando sempre um padrão positivo e harmonioso. Apesar desse trem-fantasma que tem sido a vida nesse pedaço de chão...
Você está no elenco do longa de ação, Tração, de André Luiz Camargo. As filmagens acontecem em meio à pandemia. Como os protocolos de segurança interferiram na execução do trabalho?
Filmamos alguns dias e voltamos depois para outra bateria de cenas, em cidades diferentes. É complicado porque tem a continuidade das cenas. Precisamos ter cuidado porque tem o cabelo que cresce, se você pega um sol a mais ou a menos, mas está dando tudo certo. Estamos conseguindo respeitar todos os protocolos possíveis e regras de distanciamento e higienização.
No ano passado, você fez o curta I’m Sorry Honey, que aborda a violência doméstica. Como foi a realização deste trabalho?
A história do curta é sobre um relacionamento abusivo com um fim trágico e que acontece muito mais do que imaginamos. De acordo com pesquisas que fizemos com algumas instituições, a incidência de violência doméstica e contra a mulher, aumentou barbaramente durante a pandemia e os registros são apenas das pessoas que tiveram a coragem de denunciar. Rodamos, em apenas um dia, na cidade de Campinas, interior de São Paulo. Meu personagem é o Rick, o vetor dessa agressividade toda. Ele já começa o filme tentando minimizar a importância da sua mulher, interpretada pela atriz Suzy Rego, com as amigas, que é a violência psicológica. Geralmente, a violência física está muito atrelada a essa violência psicológica.

Foi a primeira vez que você e a Suzy Rego trabalharam juntos? Como foi essa parceria?
Suzy é uma delícia de pessoa e nos conhecemos há anos. Sempre tive vontade de trabalhar com ela. Foi sorte a nossa ela ter topado fazer e brilhou, como sempre. Estava em cena com um inglês afiadíssimo e uma presença marcante.
Em 2020, você também criou um canal no YouTube e, mais recentemente, idealizou o quadro 'Pessoas incríveis e extraordinárias'. Como tem sido essa experiência?
Estreamos em abril do ano passado e está sendo um sucesso! No quadro 'Pessoas incríveis e extraordinárias', eu converso com famosos e anônimos, que passaram por situações-limites e conseguiram com força e resiliência para dar a volta por cima. Já passaram por lá, os atores e meus amigos Felipe Camargo, André Ramiro e Raul Gazolla, entre outros. Com essas histórias, quero motivar pessoas e mostrar exemplos de quem superou grandes dificuldades.
Você havia declarado que pretende passar um período na Austrália. A mudança de país é uma vontade? Ou pretende se alternar entre lá e cá?
Esse é um sonho antigo nosso. Minha filha Gabriela já vive lá há 16 anos e todos os anos, a gente dá um jeito de ir para lá curtir o nosso neto, Felipe. A aventura de morar em outro país e ter a oportunidade de aprimorar o inglês, de viver um pouco mais em um lugar que é absolutamente encantador e, sobretudo, habitado por cidadãos que respeitam suas leis, é um estímulo gigante. Aos quase 60 anos de idade, isto é de um valor inestimável e um privilégio imenso. Quando tiver algum convite interessante por aqui, eu volto, sem deixar de aproveitar oportunidades por lá. O mundo está muito pequeno para não pensarmos grande, não é mesmo?
