Quantcast
Channel: Revista Quem Acontece
Viewing all articles
Browse latest Browse all 971807

Famosos teriam sido pagos pelo governo para divulgar atendimento precoce; Flávia Viana confirma

$
0
0
Flávia Viana, João Zoli e Jessika Taynara (Foto: Reprodução/ Instagram)


 

A ex-BBB Flávia Viana e os influenciadores João Zoli, Jéssika Taynara e Pam Puertas teriam recebido dinheiro do governo do presidente Jair Bolsonaro para divulgar a busca por "atendimento precoce" contra a Covid-19 nas redes sociais. De acordo com a reportagem da Agência Pública, 23 mil reais dos cofres públicos foram destinados aos cachês dos famosos para realizar a campanha em janeiro deste ano.


 

Conforme os documentos obtidos pela reportagem, Flávia, que participou do BBB7, teria recebido R$ 11,5 mil. "Se vocês sentirem os sintomas do Covid, que são: dor de cabeça, febre, tosse, cansaço, perda de olfato ou paladar, é muito importante que você procure imediatamente um médico e solicite um atendimento precoce, atenção, eu disse atendimento que significa procurar ajuda antes que piorem, é essencial para maiores chances de recuperação, viu?", escreveu ela na publicação, feita em 14 de janeiro (veja abaixo).

Publicação de Flávia Viana (Foto: Reprodução/Instagram)


 

À Quem, Flávia explicou a decisão de aceitar participar da campanha e afirmou que não acredita no tratamento precoce. "Quando minha equipe foi procurada para fazer a publicidade, aceitamos, pois era para alertar as pessoas dos cuidados, lavar as mãos, máscaras, álcool em gel, ficarem atentas aos sintomas. Meu intuito foi de cuidado mesmo, sabe? Apenas para informar. E sobre o dinheiro, apesar de já fazer meses, ainda não recebi. Assim que for recebido, o dinheiro será doado para ajudar as pessoas afetadas pelo Covid-19", afirmou a ex-BBB.

"Minha intenção sempre foi ajudar, jamais faria algo para prejudicar as pessoas, já que são essas pessoas que me dão visibilidade e trabalho. Se hoje eu consigo realizar tantas coisas é porque tenho o carinho de tanta gente e jamais me envolveria em política. Nunca fiz isso e não é o caso. Não acredito em tratamento precoce, o post não é sobre isso. Sei que não existe e é perigosíssimo, visto o caos que está nosso país. Eu oro muito para que tenhamos logo vacina para todos e que os governantes tenham mais respeito pela população que está à mercê dessa pandemia. Oro para que a vida volte aos poucos ao 'normal' se é que é possível já que tantas vidas foram levadas por essa terrível doença", acrescentou ela, via mensagem no Whatsapp.

João Zoli também confirmou ter feito uma publicação para o Ministério da Saúde, mas negou o recebimento de cachê de 23 mil reais - a reportagem indicou que o valor se tratava do total investido nos cachês de influenciadores. "Depois pergunta para eles qual conta caiu 23 mil reais... Na minha não foi não! Fiz um post para o Ministério da Saúde, sim. Alertando as pessoas de ficaram em casa", afirmou ele à Quem.


 

Procurados pela nossa reportagem, os outros influenciadores ainda não retornaram o contato. Em nenhuma das publicações foi citado o uso precoce de medicamentos sem comprovação científica, como a cloroquina e a ivermectinal. No roteiro da publicidade, obtido pela Pública via Lei de Acesso à Informação, a Secretaria de Comunicação orientou as celebridades a publicarem no feed e seis Stories do Instagram um texto aconselhando os seguidores para que, caso sentissem sintomas da Covid-19, era "importante que você procurar imediatamente um médico e solicitar um atendimento precoce".

Os termos "tratamento" e "atendimento precoce" foram amplamente divulgados pelo governo federal e o uso dos medicamentos, que não têm eficácia comprovada, foi incentivado pelo próprio presidente.

"O tratamento precoce comprovadamente aumenta as chances de recuperação e diminui a ocorrência de casos mais graves e, consequentemente, o número de internações. A nova diretriz busca adequar o atendimento às melhores evidências médicas e evitar as mortes relacionadas à doença", afirma o site do Ministério da Saúde, sem comprovações científicas para tal.

Segundo a Pública, mais de R$ 1,3 milhão dos cofres do governo federal foram utilizados para pagar ações de marketing com influencers sobre o coronavírus. Cerca de R$ 89,5 mil foram destinados aos cachês das celebridades contratadas para a campanha.

Publicação de Jéssika Taynara (Foto: Reprodução/Instagram)


 

 


Viewing all articles
Browse latest Browse all 971807


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>