
Daniel Rolim, do BBB 11, foi um dos primeiros brasileiros a receber a vacina contra a Covid-19, na última quarta-feira (20). Em sua conta no Instagram, ele, que tem 51 anos, compartilhou a emoção de ter sido o primeiro ex-brother a ser imunizado contra o novo coronavírus.
Rolim é responsável por uma casa de de repouso para idosas, a Casa do Amor, no Recife. Portanto, integra a categoria profissionais de saúde, grupo que tem prioridade na campanha de vacinação segundo o plano nacional de imunização do governo.
Embora tenha incertezas sobre a vacina, Rolim vê grande importância em sua iniciativa. "Estou em dúvida até agora [se deveria ter tomado]. Ninguém é obrigado, mas tomei porque as pessoas que trabalham com idosos têm que ser vacinados. Se fosse para escolher, teria esperado muito mais", admite.
"Ser o primeiro ex-BBB imunizado tem significado pequeno quando comparado ao da vacina, que traz esperança. Só depois da minha postagem que vi a importância para a população, que já deveria ter sido vacinada em massa", diz ele.

Daniel conta que a Casa do Amor passou por dificuldades durante a pandemia. Ainda lutando para manter a instituição, ele abriu uma vaquinha online para arrecadar R$ 186 mil, dos quais pouco mais de R$ 51 mil já estão garantidos.
O projeto acolhe dez idosas carentes, e afima não atender mais pessoas por falta de recursos. O local oferece moradia, alimentação, assistência à saúde, atividades de fisioterapia ocupacionais e entretenimento. Com dez funcionários, são necessários R$ 31 mil mensais para arcar com impostos, medicamentos e salários de técnicas de enfermagem, cuidadora, auxiliar de cozinha e de serviços gerais. A Casa do Amor ainda tem ajuda de médico, nutricionista e enfermeira como voluntários.

"A Casa do Amor passou pelos mesmos desafios de várias instituições. O que a gente tinha planejado de eventos, como shows e bazares, não aconteceram. Isso trouxe um transtorno. Chegamos ao fim de 2020 sem ter como pagar 13º salário. Foi muito difícil. Tivemos que fazer uma vaquinha, e ainda estamos precisando de arrecadações. Estou à espera de um milagre", conta.
Daniel temia ter que fechar a instituição, aberta desde 1955, em 2017. Após uma recuperação econômica, ele admite que dificilmente as contas fecham.
"A casa vive numa eterna corda bamba em questão financeira, assim como as demais instituições que vivem de doações. A vacina dá uma esperança de vida, mas não muda conta bancária. Vamos continuar do mesmo jeito, tendo que pagar impostos e salários", desabafa.

Outro acontecimento movimentou a agenda de Daniel nesta semana: o anúncio dos participantes do BBB 21. Espectador assíduo, ele não quer definir seus favoritos por ora.
"O Brasil inteiro fica na expectativa de quem vai entrar no BBB. Adoro e sempre acompanho porque lembro que já estive lá. Me lembra de como sou querido e alimenta meu ego de certa forma. Assinei até o Pay Per View. Mas só gosto de dizer quem são meus preferidos na reta final, e odeio quando ganha quem eu não gosto", brinca ele, aos risos.
Dez anos após sua participação no reality, Daniel diz que mantém a personalidade que exibiu no programa. "A essência é a mesma. Tenho tendência à felicidade. Só me permito até 15 minutos de choro, que passa como se nada tivesse acontecido. Tristeza não é saudável. Rir é o melhor botox!", acredita.
