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Karin Roepke diz que confinamento fortaleceu união com Edson Celulari

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Edson Celulari e Karin Roepke  (Foto: Reprodução/Instagram)


 

Peças, lives e eventos on-line pipocaram pelas redes sociais durante a pandemia de Covid. Mas o que se passava quando as câmeras estavam desligadas? É esse o ponto de partida de Bastidores, espetáculo também virtual que conta os percalços de uma equipe para ensaiar uma peça para o Zoom. Na trama, criada por Cristina Fagundes, Karin Roepke, de 38 anos, interpreta a estrela de TV Betty Menezes, batizada com um trocadilho de nomes das atrizes Betty Faria e Glória Menezes. Betty e os outros atores são ótimos em cena, mas uma bomba atômica é armada a pouco menos de um mês da estreia.


 

"A Betty Menezes é uma mulher em busca de sua verdade artística. Ela virou um produto na indústria televisiva e acha que o teatro é o caminho para encontrar sua essência. É bonito ver essa busca pela sensibilidade em uma pessoa aparentemente superficial", adianta Karin, que está em cartaz com a peça até sábado (19) por meio da plataforma Sympla, onde o espetáculo é transmitido via Zoom. A peça, que investe na metalinguagem para mostrar como se passa o processo artístico, volta a ser exibida no dia 4 de janeiro.

Casada com o ator Edson Celulari, de 62, desde 2017, Karin e o marido estão morando no Rio de Janeiro e, de acordo com ela, são bem rígidos com o isolamento social recomendado durante a pandemia do novo coronavírus. "Só saímos para a nossa casa da serra ou quando é extremamente necessário", conta ela, explicando que se preocupa ainda mais com Edson, já que ele venceu um linfoma não-Hodgkin no final de 2016. "Com certeza existe uma atenção redobrada. Eu tenho que me policiar para não virar a 'chata dos protocolos'", entrega ela, que garante ter uma relação ótima com os enteados: Enzo, de 23, e Sophia, de 17, filhos do ator com a atriz Claudia Raia, de 53.

 Karin Roepke na peça on-line Bastidores (Foto: Divulgação)


 

Leia, abaixo, a entrevista completa com a atriz:

Você conhece a Betty Faria e a Glória Menezes? Tem algo delas no papel ou é apenas uma homenagem divertida da autora?
Conheço e admiro muito o trabalho dessas atrizes que fizeram história no audiovisual brasileiro. Reverencio e aprendo com todos os artistas que construíram a nossa televisão.  Porém, a única semelhança delas com a Betty Menezes é que são grandes estrelas, "protagonistas absolutas", como diz meu personagem (risos). O nome é só uma homenagem divertida mesmo.


 

Como está sendo se reinventar artisticamente em meio à pandemia?
Fazer teatro on-line é um bálsamo para a alma, é um ato de sobrevivência. Diante de todo o desmonte cultural do nosso país, fazer arte significa que estamos vivos. Meu personagem diz que "o teatro não pode acabar" e o outro personagem responde: "o teatro nunca vai acabar, porque o teatro é quando as pessoas se olham nos olhos". Num mundo tão bruto, estar em contato com o olhar, com o que toca a alma, mesmo que virtualmente, é um combustível de esperança. O teatro presencial é insubstituível, mas sou muito otimista com o virtual, é mais uma possibilidade de linguagem, de explorar a criatividade.  

Você pede conselhos ao Edson sobre a construção dos seus personagens? Como é a relação de vocês quando se trata de trabalho?
Nós trocamos muito sobre os nossos trabalhos. Um ajuda o outro a decorar textos, a fazer pesquisa, a ler sobre o assunto e a ver filmes. E isso é bem natural, sem pressão. Quando temos tempo disponível, nos envolvemos mesmo. Isso enriquece o nosso relacionamento.

 Edson Celulari e Karin Roepke nos bastidores do curta Marilyn, o ensaio (Foto: Divulgação)


 

Como está sendo o dia a dia de vocês durante a pandemia?
Nós estamos morando no Rio e somos bem rígidos com o isolamento, só saímos para nossa casa da serra ou quando é extremamente necessário. Tudo o que pode ser feito por delivery continua sendo até hoje. Ir para serra e curtir nossos cachorros, Minna, Hulk e Kiko, é nosso programa preferido nesses meses. Estamos nos cuidando.

Existe uma preocupação maior com o Edson por ele já ter tido câncer?
Com certeza existe uma atenção redobrada. Eu tenho que me policiar para não virar a "chata dos protocolos". Demorei até encontrar um meio termo possível em relação aos cuidados necessários. Agora já está mais fácil porque os protocolos viraram hábito, estão no automático. 

Acha que o isolamento social provocado pela pandemia fortaleceu a união de vocês?
Estamos passando bem pelo confinamento e aprendemos ainda mais a respeitar nossas individualidades, foi um crescimento enorme. Dizem que os relacionamentos são uma verdadeira escola de vida e eu concordo. Tiveram dias em que fizemos tudo juntos, em outros, a gente decidia que um ficava na sala, o outro no escritório e tudo bem. Fomos lidando com as nossas semelhanças e diferenças, nos aprofundamos nos conhecimentos de nós mesmos e do outro. Acho que o confinamento nos trouxe muitos benefícios. 

Edson Celulari e Karin Roepke  (Foto: Reprodução/Instagram)


 

O que vocês gostam de fazer e passaram a fazer mais nesses tempos de pandemia?
Nós temos os gostos bem parecidos e isso nos une. Como temos a mesma profissão, colocamos a nossa criatividade para funcionar. Nesse tempo rodamos um curta-metragem, uma série de episódios curtos chamado Marilyn, o ensaio. Além disso, descobrimos dotes culinários. Tem sido um tempo produtivo.

Vocês pretendem ter filhos? Fica incomodada quando perguntam quando os terão?
Nós pretendemos, mas sem uma data certa ainda. Queremos realizar alguns objetivos profissionais antes. Mas essa pergunta não me incomoda. Filhos são a continuação de uma história, é natural.  

Como é sua relação com o Enzo e a Sofia?
É uma relação de amizade, nós construímos o afeto que temos hoje, nos respeitamos. Não ocupo a posição de madrasta porque criamos a nossa própria dinâmica, que é leve e carinhosa.


 

Como vai ser o Natal e o Réveillon de vocês?
O Natal nós vamos passar na serra com o nosso grupo reduzido de familiares. Já fizemos um esquema onde uma mesa de pingue-pongue vai virar mesa principal para podermos ter distanciamento. O Réveillon vai ser aqui no Rio com um grupo menor ainda. Mas tudo isso preparado com muito carinho, capricho, máscaras e álcool 70 (risos).

O que você espera para 2021?
Espero ter muita saúde, paz e amor. Diante de tudo que vivemos, as prioridades ficaram mais claras. O mais bacana foi perceber que não precisamos de muito para ser feliz. Quero estar mais presente, viver bem cada dia, sem ansiedade, fazer os projetos que fazem sentido para mim, colocar minha verdade em tudo que eu fizer. Que tudo esteja alinhado com os desejos da minha alma. Essa busca espiritual vai continuar sendo bem importante. Desejo isso para mim e para todos.

Karin Roepke  (Foto: Vinicius Mochizuki/Divulgação)


 


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