
Nina Frosi, 35 anos de idade, tratou de focar na dieta assim que soube que as gravações de Salve-se quem puder, em que vive Gabi, seriam retomadas. Durante o período em isolamento social, a atriz carioca admite que uma relaxada na alimentação, mas seguiu com a prática de atividades físicas. “Continuei com exercícios em casa, online”, diz.
No ar com edição especial de Haja Coração (Globo, 2016), em que interpretou Marina, ela afirmou ter boas recordações da trama. Em conversa com Quem, a atriz adiantou um pouco do que o público poderá esperar da nova fase de Salve-se quem puder, prevista para 2021.
Gabi, sua personagem, vai descobrir que Luna (Juliana Paiva) não morreu no terremoto no México e decidirá vir ao Brasil tentar encontrá-la. Embora a personagem tenha sido chamada de “fura-olho” nas redes sociais por se interessar pelo namorado da amiga, Nina defende Gabi – “ela lutou contra esse sentimento”, justifica – e diz que nunca enfrentou conflito semelhante. “Nunca passei por nenhuma situação dessas. Ainda bem (risos). Não sei como lidaria, mas espero mesmo não ter que passar pra saber.”
Quem: Como tem sido a retomada às gravações de Salve-se quem puder?
Nina Frosi: Tem sido ótimo. Aliás, foi muito bom voltar a gravar. Estava com saudades do set, dos colegas, da equipe....Agora já estamos mais acostumados com os protocolos e está tudo fluindo muito bem. O que posso adiantar é que a Gabi descobrirá logo no início que Luna está viva e por isso vem do México para o Brasil.
O que podemos esperar da Gabi nesta nova fase?
Ela continua extrovertida, falando tudo o que pensa. Só que nessa fase o foco dela será achar a Luna (Juliana Paiva) junto com Alejandro (Rodrigo Simas) para de alguma maneira protegê-la.

Nas redes sociais, a Gabi foi tida como uma "fura olho". Você defende a personagem?
Defendo. E muito! Na época, Gabi se apaixonou por Juan [José Condessa] sem querer. O sentimento aconteceu pela convivência, pela admiração, por tudo que ele fazia pelo pai da Luna. Sem contar que Gabi achava que Luna [Juliana Paiva] estava morta. Gabi lutou contra esse sentimento, mas foi mais forte que ela.
Já teve alguma amiga fura-olho na vida real?
Não, nunca passei por nenhuma situação dessas. Ainda bem (risos). Não sei como lidaria, mas espero mesmo não ter que passar pra saber.
A pandemia alterou os planos de todo mundo e a classe artística foi bastante afetada. Como encarou o período de quarentena?
Tirei um tempo pra mim. No início me assustei com tudo que estava acontecendo, mas depois vi que poderia aproveitar esse tempo para descansar um pouco, ver minhas séries e, principalmente, fazer cursos. Fiz três cursos nesse tempo. Todos dentro da minha área. Queria exercitar e aprender outros métodos. Foi muito produtivo.
E a rotina de cuidados com o físico? Deu para seguir?
Continuei com exercícios em casa, online. Já seguir a dieta foi mais difícil, mas assim que soube que as gravações voltariam, tratei de retomar o foco.

Enquanto Salve-se quem puder não volta à programação, você pode ser vista na edição especial de Haja Coração. Quais as principais que guarda deste trabalho?
Haja Coração era uma delícia de fazer. O elenco e a equipe eram maravilhosos. O clima era super leve, a gente trabalhava feliz. Marina, minha personagem na trama, foi meu primeiro trabalho de maior destaque e foi um aprendizado. Ela sofria bulliyng de Camila [Agatha Moreira] por conta do peso. Eram cenas que muita gente se identificava porque ela não era gorda, só não tinha aquele "padrão modelo".
Acha que da época em que a novela foi gravada para hoje conseguimos avançar nos debates e cobranças pelo “físico ideal”?
Esse é um assunto muito pertinente. Hoje, passados poucos anos desde a primeira exibição da novela, acho que as pessoas já estão aceitando mais seus corpos, suas diferenças, suas peculiaridades.

A carreira artística costuma ser marcada por instabilidades. Quando decidiu investir na carreira artística, teve apoio da família?
Decidi ser atriz aos 9 anos de idade e tive total apoio da família, graças a Deus! Sou privilegiada. Meu pai até hoje me dá muita força. Aliás, foi ele quem me levou ao meu primeiro curso – no teatro de Lona, no Rio, que nem existe mais. Na época, minha professora foi a Natalia Grimberg, que hoje é diretora na Globo. Tenho ótimas recordações desse meu começo de carreira. Depois disso, fiz outros cursos, como Tablado, e, mais tarde, fiz faculdade de cinema e estudei na CAL [Casa de Artes das Laranjeiras, tradicional curso de teatro do Rio de Janeiro].
Quem são suas referências na profissão?
Gosto muito dos trabalhos da Gloria Pires e da Marjorie Estiano. Admiro o talento e a maneira como conduzem suas carreiras. Poderia citar também Vera Holtz e o Tony Ramos, pelos mesmos motivos.
Profissionalmente, quais seus maiores sonhos e objetivos?
Meu maior sonho é viver da minha arte, pode seguir fazendo trabalhos relevantes que tragam debates, reflexões. Tenho muita vontade de fazer séries mais dramáticas, com temas fortes. Também quero muito fazer cinema. E espero continuar sempre no teatro, produzindo minhas peças. Na TV, adoraria fazer uma vilã.
