Um tributo a Cazuza, no Palco Mundo, o principal do Rock in Rio, abrirá o festival, em 13 de setembro. O show, intitulado O Poeta Está Vivo, está sendo organizado por Frejat, parceiro do cantor e compositor no grupo Barão Vermelho. “Eu tinha uma proximidade muito grande com ele. Para cantar, escolhi pessoas que tivessem ligação histórica com ele ou um grande prazer em interpretá-lo, com atitude e força no palco”, diz Frejat. Cazuza esteve no Barão, formado em 1981, de 1982 a 1985, quando decidiu seguir carreira solo.
O repertório do show, que tem direção musical do produtor Liminha, inclui canções que fizeram sucesso na voz de Cazuza, como Exagerado, Codinome Beija-Flor, Ideologia, O Tempo Não Para e Bete Balanço. O vocalista do Jota Quest, Rogério Flausino, um dos cantores convidados para a homenagem, adianta que no fim “vai rolar Pro Dia Nascer Feliz” e que ele vai cantar duas outras músicas. “Achei engraçado que a produção mandou as letras. Eu comecei cantando o rock nacional. Estou honradíssimo de participar ao lado de pessoas como o Ney”, diz, referindo-se ao cantor Ney Matogrosso. Além dos dois, subirão ao palco para o tributo as cantoras Bebel Gilberto e Maria Gadú e o vocalista e guitarrista do Titãs, Paulo Miklos.
Campanha
Morto em 1990, aos 32 anos, vítima de complicações causadas pela Aids, Cazuza se apresentou no Rock in Rio na primeira edição do evento, em 1985, quando ainda fazia parte do Barão Vermelho. O Rock in Rio, em parceria com a Sociedade Viva Cazuza, criada após a morte do cantor e que dá assistência a crianças e adolescentes portadores do vírus da Aids, vai chamar a atenção do público para a doença, que ainda mantém altos índices de contaminação na população mundial. Além disso, a organização do evento fará uma doação para auxiliar no trabalho realizado mensalmente pela instituição.