
Pally Siqueira completa 28 anos de idade neste sábado (22) e faz um balanço positivo de sua atual fase. No ar como Bárbara em Totalmente Demais (Globo, 2016), novela que a projetou na TV, a atriz cumpre o isolamento social no Rio de Janeiro, onde mora há cinco anos. “Estou cumprindo a quarentena em casa. Tenho mantido a cabeça firme, procuro me exercitar, pegar um sol, me alimentar bem, não me cobro muito, mas procuro sempre estar em movimento”, conta a pernambucana, natural da cidade de Arcoverde, no interior do estado.
TOTALMENTE DEMAIS
Pally afirma ter um grande carinho pela novela. Nos mais recentes capítulos, Bárbara largou o namorado, Wesley (Juan Paiva), após o acidente do rapaz, que ficou paraplégico. “É uma obra muito boa, divertida, bem escrita. Revê-la está sendo uma delícia. A história é leve e a trama bastante atual. A novela está no meu coração em um lugar de destaque (risos). Foi minha estreia em novelas. Lá eu aprendi muita coisa, principalmente na parte técnica como posicionamento de câmera, ritmo de gravação, como funciona o dia a dia de uma novela em gravação. Também fiz amizades que levo comigo até hoje”, afirma a atriz, que chegou a namorar com o ator Fábio Assunção, com quem mantém laços de amizade até hoje. “Tive o privilégio de trabalhar com grandes profissionais e sou muito grata por todo o carinho da equipe.”

ARTES PLÁSTICAS
Apaixonada por artes plásticas, Pally faz da pintura uma grande companheira – e aliada – durante o distanciamento social. “Falo com amigos por vídeo-chamada, toco uma música e pinto meus quadros. Pinto profissionalmente desde 2014. Fiz a minha primeira exposição em 2018. Eu comecei com aquarela, mas hoje em dia pinto com óleo e tinta acrílica. A aquarela ficou mais para estudos e coisas pessoais.”

AUTOCONHECIMENTO
De acordo com ela, a série de autorretratos que decidiu experimentar foi muito desafiadora. “Eu nunca me reconhecia nos desenhos que fazia de mim mesma e agora me parece confortável. Estou me redescobrindo... talvez por ser a pessoa que mais tenho convivido nos últimos meses, por estar me enfrentando, me aceitando. Tem sido bom e essas coisas me ajudam a controlar a ansiedade. Às vezes, a gente só quer que tudo isso acabe logo, mas precisamos viver dia após dia.”
ANALÓGICA X DIGITAL
A atriz conta que não é das mais adaptadas à tecnologia e que, por muito tempo, não teve computador. “Estou estudando animação. Adoro filmes e séries de animação. Acredito que por ser pintora isso me despertou um interesse ainda maior. Então tem sido bem desafiador, porque eu sempre tive muita dificuldade com tecnologias. Tudo o que é digital quebra na minha mão. Sério! Eu não tenho uma câmera digital, por exemplo. Mas tenho umas analógicas e amo fotografar. Até pouco tempo, eu não sentia falta de um computador e usava a minha máquina de escrever para suprir alguma necessidade ou algo que precisasse ser digitado. Só usava o computador para ver séries e filmes. Porém, agora estou descobrindo um novo mundo. São novas ferramentas para fazer arte. O mais difícil é entender o programa, saber seus atalhos e possibilidades. Quando você atinge esse passo, o resto é diversão e criatividade. Isso serve também para a pintura ‘analógica’. Da mesma forma quando há o conhecimento dos materiais usados e como eles funcionam e reagem, o resto é arte.”
PLANOS PÓS-PANDEMIA
“Quero muito voltar a atuar o mais breve possível. Estou com muitas saudades do set de gravação, de filmagem. Mas tenho procurado viver o presente. Estou muito ansiosa com o futuro porque parece que ele sumiu de uma hora pra outra. Então procuro focar no hoje o máximo que eu posso. Mas o que eu torço e o que eu quero logo é um abraço bem apertado dos meus amigos”, afirma Pally, que também se destacou na pele da personagem Amanda, uma jovem diagnosticada com esclerose lateral amiotrófica, em Malhação Vidas Brasileiras (Globo, 2018).
