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Alinne Rosa: "Nunca fui beijoqueira"

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Alinne Rosa (Foto: Anna Fischer/Ed.Globo)

 

Alinne Rosa, vocalista da banda Cheiro de Amor desde 2003, se prepara para mais um Carnaval. A cantora, de 30 anos, conta a QUEM como cuida do físico para os dias de folia em Salvador, na Bahia, e revela que ensaia um repertório com cerca de 400 músicas.

Ela, que começou a cantar ainda na adolescência em igrejas, diz que o hit mais pedido é o famoso "Vai sacudir, vai abalar", sucesso da época em que ainda nem era vocalista do grupo.

No bate-papo, ela também afirma ter se acostumado com os boatos que sugerem brigas entre as cantoras de axé. "Sou amiga de Ivete [Sangalo], Margareth [Menezes], Daniela [Mercury]. Comigo não tem rivalidade."

alinne rosa (Foto: Anna Fischer/Ed.Globo)

QUEM: Como está sua preparação para o Carnaval?
ALINNE ROSA:
Há dois meses tenho aumentado a intensidade. Tanto de atividades físicas, para o corpo aguentar, como de repertório e preparo vocal para cantar firme no trio.

QUEM: O que você pode adiantar do figurino para os dias de folia?
A.R.:
Estarei com um figurino de peças mais leves, conceitual. Optei para não ser fantasia. Eu e o estilista, Wagner, estamos viajando nas ideias, esse processo é muito gostoso e quero que tudo fique muito bonito. A gente se encontrou nas ideias.

QUEM: Puxar um trio elétrico exige muito fôlego. Que cuidados toma?
A.R.:
É puxado. Quando temos preparo é mais tranquilo. Além do físico, a preparação vocal tem que estar ok. Somos maratonistas da voz. O percurso tem, normalmente, a duração de sete a oito horas, mas pode chegar até a 12 horas, se pegarmos tráfego, o que é muito possível no Carnaval de Salvador.

QUEM: Conte um pouco da sua rotina de exercícios.
A.R.:
Pratico diariamente cerca de 30 minutos de corrida para ter condicionamento e também faço musculação para tonificar o corpo. Também faço exercícios de voz com uma fonoaudióloga que me acompanha nos dias de trio. Conta ainda com um otorrino, que fica ligado nesses dias e sei que contar com ele no Carnaval.

QUEM: E dieta? Tem alguma específica?
A.R.:
Faço dieta com equilíbrio, ou seja, como de tudo, mas como quero chegar bem ao Carnaval, sei o que posso comer mais, o que devo dar uma controlada. A nutricionista Mirian Vargas me orienta. Nos dias de Carnaval, como carboidratos para ter pique.

QUEM: Você contou que pode ficar comandando um trio por até 12 horas. Não dá para ficar sem comer neste tempo todo. Como faz?
A.R.:
Durante o percurso, como banana da terra, mix de castanhas, aipim, beberico muita água. Acho que a cada uma hora no trio, eu tomo, pelo menos, meio litro. E também como frutas.

alinne rosa (Foto: Anna Fischer/Ed.Globo)

QUEM: Nossa, mas é bastante água. E se der vontade de fazer xixi?
A.R.:
Ah, mas dá vontade. Costumo descer duas vezes para o interior do trio, onde tem um banheiro. Geralmente, são duas descidinhas para fazer xixi.

QUEM: Para aguentar todo esse tempo de percurso, você ensaia músicas de outros artistas, não?
A.R.:
Claro. Nosso repertório para o Carnaval está com 400 músicas ensaiadas. Sairei em quatro dias com o trio e tem fãs que compram para todos os dias. Temos que fazer diferentes apresentações.

QUEM: E qual é um hit sempre pedido?
A.R:
"Vai sacudir, vai abalar" sempre é lembrada. A música é de 1995 e é um dos grandes sucessos do grupo. Naquela época, eu nem era a vocalista. Era a Carla Visi. Entrei em 2003. Nossa nova música de trabalho, "Com apetite", conta com a participação especial do cantor Xanddy, vocalista do Harmonia, e está sendo muito pedida, bem executada.

QUEM: Antes de ser cantora e estar à frente da banda Cheiro de Amor, você curtia acompanhar os trios?
A.R.:
Eu adorava seguir os trios e era foliã pipoca, que é o nome que damos aos foliões que vão fora da corda, sem o abadá. Curtia muito a Daniela [Mercury] e o Araketu, nos tempos de Tatau [vocalista da banda até 2007, que retonou ao grupo no ano passado]. Sou do interior da Bahia. A primeira vez que vim a um Carnaval de Salvador foi em 1998, para ver o Araketu. Pela primeira vez na vida, vi um grande Carnaval. Fiquei encantada e foi ali que eu tive a noção que queria aquilo para a minha vida, queria estar em cima de um trio cantando.

QUEM: Você era adolescente quando esteve em seu primeiro Carnaval em Salvador. Ia para a 'pegação'?
A.R.:
Olha, vou ser sincera: enquanto as minhas amigas se esbaldavam, eu ficava ali admirando os cantores. Nunca fui beijoqueira.

QUEM: Muito se fala entre a rivalidade das cantora de axé. Isso te chateia?
A.R.:
Até que não mais. Chateia, mas não tanto. Os fãs, às vezes, acabam fazendo essa rivalidade existir, parecer que existe. Sou amiga de Ivete [Sangalo], Margareth [Menezes], Daniela [Mercury]. Comigo não tem rivalidade.

QUEM: No fim de 2011, você gravou a minissérie "O Brado Retumbante" na Globo. Quer continuar investindo na carreira de atriz?
A.R.:
Foi uma experiência boa, gostei de atuar e não descarto novas possibilidades. Mas, agora, estou 100% focada na música.
 


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