José Domingos de Moraes, o Dominguinhos, morreu nesta terça-feira (23), as 18h, devido à complicações infecciosas e cardíacas. A informação foi dada pelo hospital Sírio-Libanes, onde ele estava internado desde janeiro deste ano.
Dominguinhos foi hospitalizado ainda em dezembro do ano passado no Recife e foi transferido para São Paulo no dia 13 de janeiro. O músico sofria de um câncer de pulmão há sete anos e já teve oito paradas cardíacas. A sua última internação foi consequência de um quadro de arritmia cardíaca e infecção respiratória por conta de uma pneumonia.
O instrumentista havia deixado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital no sábado (13) após melhora da infecção respiratória e controle da arritmia cardíaca. O quadro do paciente, na ocasião, era estável.
Trajetória
Considerado o sanfoneiro mais importante do país e herdeiro artístico de Luiz Gonzaga (1912-1989), o músico nasceu em Garanhuns, na região conhecida como o agreste de Pernambuco.
Os dois se conheceram quando Dominguinhos tinha apenas 8 anos. Já aos 13, ficou feliz ao ganhar a primeira sanfona de ninguém menos que o Rei do Baião. Durante ainda a infância, o músico brasileiro tocava triângulo com os irmãos no trio “Os Três Pinguins”. Aos 16, recebeu a "benção" sendo consagrado o rei do baião por quem admirava.
Premiado internacionalmente, ao longo da carreira ele ganhou o Grammy Latino de 2002, com o CD Chegando Mansinho. Gilberto Gil, Chico Buarque, Anastácia e Djavan foram alguns dos músicos que dividiram parcerias com Dominguinhos.
Centenário de Gonzagão
No final de 2012, Dominguinhos mergulhou nos preparativos para as comemorações dos cem anos do nascimento de Luiz Gonzaga. No exato dia do centenário, 13 de dezembro, ele fez uma apresentação emocionante.
