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Leandra Leal ressalta entretenimento positivo na TV em tempos de coronavírus: "Não aguentaria ver Black Mirror"

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Leandra Leal reflete sofre as mudanças em tempos de quarentena (Foto: Reprodução/Instagram)


 

Leandra Leal está realizada com o trabalho em Aruanas, série inicialmente lançada na plataforma Globoplay e atualmente no ar pela Globo, exibida às terças. Em tempos de isolamento social, por conta da pandemia do coronavírus, a atriz fala da importância da cultura e dos meios de comunicação.

"A TV, o jornalismo, o entretenimento ganham ainda mais espaço na vida das pessoas. Aruanas uma série positiva, fala de uma questão humanitária, mas não temos uma história maçante", afirma Leandra em entrevista a Quem, realizada por meio de um aplicativo de conversa em videochamada.

Aos 37 anos de idade, ela interpreta Luiza, uma destemida ativista ambiental que, ao lado de Verônica (Taís Araújo), Natalie (Débora Falabella) e Clara (Thainá Duarte), doa a própria vida para defender o meio ambiente. "A Luiza é uma heroína bem real. A dificuldade em cena a gente sempre tem. Quando eu parar de ter é porque, sei lá, me desconectei da profissão. Gosto do desafio, da dificuldade", diz.

Leia a entrevista completa abaixo:

Quem: Aruanas chega à TV aberta num momento em que o país está na quarentena...
Leandra Leal: A TV está tendo uma importância gigantesca neste período. A gente está vivendo um momento muito difícil. A TV, o jornalismo, o entretenimento ganham ainda mais espaço na vida das pessoas… Esse BBB foi maravilhoso. E, agora, Aruanas está na grade. É uma série positiva, fala de uma questão humanitária – o Brasil é o país que mais mata ativistas no mundo –, e que promove uma reflexão, convoca ação, convoca ativismo. Acima de tudo, quero dizer que é uma série positiva e a gente vive em um momento de reflexão. Não temos uma história maçante. É importante termos uma série que leva responsabilidade e fala sobre o poder da ação coletiva e a questão ambiental. A realidade que temos é a do aquecimento global em alta velocidade, vivemos um dos maiores desmatamentos, os funcionários do Ibama estão sendo exonerados… A gente vive uma criminalização do ativismo.

Você tem uma personalidade ativista. Quando se deu conta da importância de ter uma postura engajada?
Eu me considero uma ativista desde sempre. Sempre fui ligada à questão de direitos humanos, mas Aruanas me fez colocar a questão ambiental na minha pauta. É oportuno falar disso. Lembrando que a série não é panfletária, nem chata. Enquanto estávamos envolvidas nas gravações, a gente falava: 'Aruanas tem que ser um sucesso'. Nós tínhamos a preocupação de não tornar a série ecochata. Aruanas é maneira, é pop, é thriller, tem happy end… Dei um spoiler? Não, não é spoiler porque a série já está na Globoplay (risos). No Brasil, tínhamos produzido séries históricas, mas algo assim como Aruanas ainda não. É bacana um conteúdo como nossa série nos dias de hoje. Afinal, passamos uma mensagem de esperança, uma mensagem positiva… Por exemplo, eu não aguentaria ver Black Mirror (série sobre os problemas que a tecnologia insere na vida das pessoas) nos dias de hoje.

Luiza ( Leandra Leal ) liga para Otávio ( Sérgio Pardal ) e o encontra morto em seu porta-malas (Foto: Fábio Rocha/TV Globo)


 

Acredita que o isolamento social trará mudanças nas produções daqui para frente?
Com a experiência de enclausuramento, é possível que a gente tenha que viver situações cotidianas em outra ótica. Nossa forma de produção será afetada, assim como o conteúdo que produzimos. Em outros tempos – e nem falo de um período lá atrás, falo de um passado próximo, de dois meses atrás – não se imaginava uma entrevista dessas sendo realizada virtualmente.

A série tem quatro mulheres à frente do elenco. Como avalia isso?
São quatro protagonistas femininas, quatro mulheres nada perfeitas. Isso, claro, é muito significativo. O texto da série é muito bem construído. Não me inspirei em uma pessoa específica para construir a Luiza, mas sei que existem Luizas reais. Na história, Clara [Thainá Duarte] e Luiza são superunidas. Elas têm um arco de amizade.

Thainá Duarte, Taís Araujo, Débora Falabella e Leandra Leal em Aruanas (Foto: Fábio Rocha/TV Globo)


 

Sua personagem pode ser considerada uma heroína? Qual o desafio maior ao interpretá-la?
A Luiza é uma heroína bem real. A dificuldade em cena a gente sempre tem. Quando eu parar de ter é porque, sei lá, me desconectei da profissão. Gosto do desafio, da dificuldade… Passei 40 e tantos dias lá na Amazônia, fiz cenas de ação… Cenas de ação não dependem apenas do ator, né? Tem outros fatores envolvidos, clima…

O que Aruanas te trouxe de aprendizado?
Eu me considero uma pessoa consciente, mas Aruanas me trouxe uma consciência maior. É impossível a gente fazer e assistir a uma série como esta e não agir. Não dá para achar que está tudo bem, tudo lindo – porque não está. Dá para a gente saber o que consome e olhar o preço que a gente está pagando pela nossa não-ação.

Clara ( Thainá Duarte ), Natalie ( Débora Falabella ), Luiza ( Leandra leal ) e Verônica ( Taís Araújo )

 (Foto: Fábio Rocha/TV Globo)


 


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